“Todo
o resto do seu belo ser - os seus olhos tristes; os seus miraculosos
lábios; a sua grande língua rosada; as faces aveludadas; os ombros
bem delineados; a pele sedosa da sua garganta, do peito, do pescoço
e do ventre; as pernas longas; os pés delicados, cuja visão sempre
me fizera sorrir; os seus esguios braços cor de mel, cheios de
sinais e com uma penugem acastanhada; a curva das suas nádegas; e a
sua alma, que sempre me atraíra a si - permaneceu intacto.”
Orhan
Pamuk, in O museu da inocência
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