sábado, 1 de agosto de 2015

A noite


Grande Deusa escura de Poe e de Novalis, de Fernando Pessoa e de Keats – noite, “deusa antiga”, que presença portentosa a tua, contínua e transcendente.
Dos lados onde o mar respira, como uma bandeira que fosse desfraldada, a luz vem chegando – vem chegando – e desvenda aos poucos a cidade onde suamos e sofremos, e inaugura, pata todos, o dia comum e sem relevo.
Lúcio Cardoso, in Diários

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