Imagine
tentar fazer malabarismos com ovos. Se um deles acabar quebrando na
sua cabeça, um banho e uma roupa limpa parecem ser as únicas
soluções. Afinal, colocar a clara e a gema de volta na casca e
juntar os pedaços é impossível, certo?
Bem,
na realidade, não. Não há nenhuma lei fundamental da natureza que
impeça que um ovo seja “desquebrado”. Físicos, aliás, garantem
que qualquer acontecimento do nosso cotidiano poderia ser revertido,
a qualquer momento.
Mas
por que, então, não podemos “desquebrar” um ovo, ou
“desqueimar” um fósforo ou até “destorcer” o tornozelo? Por
que as coisas não se revertem? Por que o futuro é totalmente
diferente do passado?
Parecem
ser perguntas simples. Mas para respondê-las, temos que ir até a
origem do Universo e fora das fronteiras da Física.
Assim
como várias outras histórias da Ciência, esta aqui também começa
com Isaac Newton. Em 1666, um surto de peste bubônica o obrigou a
deixar a Universidade de Cambridge e voltar para a casa da mãe no
interior da Grã-Bretanha. Entediado e isolado, Newton mergulhou nos
estudos.
Foi
aí que ele criou suas famosas três leis da dinâmica, entre elas a
conhecida máxima de que para cada ação há uma reação oposta da
mesma intensidade.
As
leis de Newton conseguem descrever o mundo de maneira espantosa. Elas
explicam por que as maçãs caem das árvores e por que a Terra gira
em torno do Sol. Mas elas têm uma estranha característica:
funcionam tão bem de trás para a frente quanto de frente para trás
– se um ovo se quebra, as leis de Newton dizem que ele pode ser
“desquebrado”.
Obviamente,
isso está errado, mas quase todas as teorias formuladas por físicos
desde Newton têm o mesmo problema. “As leis fundamentais da Física
não distinguem entre o passado e o futuro”, define Sean Carroll,
físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados
Unidos.
Leia
a matéria completa da BBC aqui.
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