Ó
árvore quantos séculos levaste
a
aprender a lição que hoje me dizes:
o
equilíbrio, das flores às raízes,
sugerindo
harmonia onde há contraste?
Como
consegues evitar que uma haste
e
outra se batam, pondo cicatrizes
inúteis
sobre os membros infelizes?
Quando
as folhas e os frutos comungaste?
Quantos
séculos, árvore, de estudos
e
experiências – que o vigor consomem
entre
vigílias e cismares mudos -
demorastes
aprendendo o teu exemplo,
no
sossego da selva armada em templo?
E
dize-me: há esperança para o Homem?
Geir
Campos
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