No
fundo,
no fundo
somos todos náufragos
neste mundo.
no fundo
somos todos náufragos
neste mundo.
Navegantes
esfaimados,
sedentos,
esfaimados,
sedentos,
desesperados
em busca
dum olhar amigo,
dum sorriso cúmplice,
dum corpo de abrigo.
em busca
dum olhar amigo,
dum sorriso cúmplice,
dum corpo de abrigo.
Mareantes,
náufragos mirrados
pelo escorbuto da solidão,
náufragos mirrados
pelo escorbuto da solidão,
desenhando
no silêncio
os traços fugazes e ondulantes
duma tábua de salvação.
os traços fugazes e ondulantes
duma tábua de salvação.
Miguel
Afonso Andersen
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