“Era
insensato querer explicar alguma coisa à Maga. Fauconnier tinha
razão: para pessoas como ela, o mistério começava exatamente com a
explicação. A Maga ouvia falar de imanência e transcendência,
abrindo uns olhos preciosos que interrompiam a metafísica de
Gregorovius. No final, chegava sempre a convencer-se de que havia
compreendido o Zen e suspirava cansada. Só Oliveira é que se dava
conta de que ela estava constantemente se aproximando destes grandes
terraços fora do tempo, que todos eles procuravam dialeticamente.”
Julio
Cortázar,
in O
jogo da amarelinha
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