“Uma das piores formas de
intelectualismo: falar com certa constância e certo brilho sobre
coisas a que não se dá nenhum crédito… Por exemplo, o diabo. Não
há dúvida que para muitos escritores é ele apenas um tema rico,
desses que enchem o vazio de uma crônica ociosa ou faz resplandecer
as páginas de um livro morto. Tem-se a impressão de que se trata de
um belo motivo para composição, mais ou menos idênticos aos que
nos são apresentados na escola pública. Mas através dessas linhas
tortas, o diabo irrompe nítido, sublinhando o inútil de todas as
vaidades e o artifício dessas caricaturas sem fé.”
Lúcio
Cardoso, in Diários
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