segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ele seria Tim Maia se não fosse tão "Tim Maia"?

Ele é um dos artistas mais talentosos da música brasileira. É, também, um dos mais polêmicos, irresponsáveis e malandros. E uma coisa está, necessariamente, ligada às outras.
Tim Maia é, assim como todos nós, uma grande lista de prós e contras. Só que, no caso dele, às vezes os contras transformam-se em prós. E isso é para poucos.

6565248311_f3d41ff74a_z.jpg

Vale a pena exaltar o malandro? O que não honra seus compromissos, não paga impostos, o que briga, xinga, suborna, explode de ciúmes. Vale? E se esse cara for Tim Maia?
É injusto que o talentoso não se esforce para brilhar e que, por mais que o esforçado se desdobre, ainda lhe falte aquele milésimo de dom capaz de fazer com que os outros se arrepiem. É injusto. Mas acontece.
Não que Sebastião Rodrigues Maia não tenha se esforçado; sua infância sofrida, sua ida aos Estados Unidos sem saber um pingo de inglês, sua vontade de ser alguém e a confiança no próprio talento de certo foram merecidamente recompensadas. “Pobre, preto, gordo e cafajeste”, Sebastião teimou, ralou e demorou a virar Tim.
Mas, quando virou...
Dar pro Tim é fácil, quero ver é dar pro Sebastião”, disse, naquela que muito provavelmente é a frase que melhor representou sua vida, em todos os sentidos.
Estourou. Cantou, compôs, engordou, cheirou, bebeu, fumou, brigou, brilhou. Furioso com um mercado que não premiava o artista, criou sua própria gravadora, a Seroma (as iniciais de seu nome que, se lidas ao contrário, formam a palavra “Amores”. Isso é Tim.).
Ver matéria completa da Obvious aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário