Ele
é um dos artistas mais talentosos da música brasileira. É, também,
um dos mais polêmicos, irresponsáveis e malandros. E uma coisa
está, necessariamente, ligada às outras.
Tim
Maia é, assim como todos nós, uma grande lista de prós e contras.
Só que, no caso dele, às vezes os contras transformam-se em prós.
E isso é para poucos.
Vale
a pena exaltar o malandro? O que não honra seus compromissos, não
paga impostos, o que briga, xinga, suborna, explode de ciúmes. Vale?
E se esse cara for Tim Maia?
É
injusto que o talentoso não se esforce para brilhar e que, por mais
que o esforçado se desdobre, ainda lhe falte aquele milésimo de dom
capaz de fazer com que os outros se arrepiem. É injusto. Mas
acontece.
Não
que Sebastião Rodrigues Maia não tenha se esforçado; sua infância
sofrida, sua ida aos Estados Unidos sem saber um pingo de inglês,
sua vontade de ser alguém e a confiança no próprio talento de
certo foram merecidamente recompensadas. “Pobre, preto, gordo e
cafajeste”, Sebastião teimou, ralou e demorou a virar Tim.
Mas,
quando virou...
“Dar
pro Tim é fácil, quero ver é dar pro Sebastião”, disse, naquela
que muito provavelmente é a frase que melhor representou sua vida,
em todos os sentidos.
Estourou.
Cantou, compôs, engordou, cheirou, bebeu, fumou, brigou, brilhou.
Furioso com um mercado que não premiava o artista, criou sua própria
gravadora, a Seroma (as iniciais de seu nome que, se lidas ao
contrário, formam a palavra “Amores”. Isso é Tim.).
Ver
matéria completa da Obvious aqui.
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