domingo, 1 de fevereiro de 2015

A vela que escorre

“A janela aberta, a música, a chuva. E eu me renovo ao influxo de lembranças antigas - sim, eu mesmo, finalmente – sentindo-me de novo perdido e infantil, dentro desse corpo desconhecido que envelhece, que a cada minuto se torna diferente, como a vela que escorre, deforma-se, ao mesmo tempo em que a chama renasce, no íntimo, azul e pura.”
Lúcio Cardoso, in Diários

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