“A
primeira impressão que os críticos tiveram de Amalfitano foi mais para ruim, perfeitamente
e acordo com a mediocridade do lugar, só que o lugar, a extensa cidade no
deserto, podia ser visto como algo típico, algo cheio de cor local, mais uma
prova da riqueza muitas vezes atroz da paisagem humana, enquanto Amalfitano só
podia ser visto como um náufrago, um sujeito descuidado no vestir, um professor
inexistente em uma universidade inexistente, o soldado raso de uma batalha
perdida de antemão contra a barbárie.”
Roberto Bolaño, in 2666
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