“Tão
mais opressiva que a convicção implacável do nosso presente estado pecaminoso é
a mais frágil convicção da antiga, eterna justificação da nossa existência
temporal. Só a capacidade de suportar desta segunda convicção, que na sua
pureza abrange completamente a primeira, é a medida da fé.
Muitos consideram que, ao lado da grande
fraude primitiva, existe em cada caso particular uma pequena fraude especial,
encenada em proveito próprio, do mesmo modo como, por exemplo, numa intriga
amorosa, representada no palco, a atriz, além do falso sorriso para o seu
amante, tem ainda outro, particularmente pérfido, dirigido a um espectador
determinado na última fileira da galeria. Isso significa ir longe demais.”
Franz
Kafka
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