sexta-feira, 2 de maio de 2014

Sem amor, estamos amputados


“Numa cena do filme Terra das Sombras, o personagem do historiador inglês C. S. Lewis pergunta a um colega de universidade se ele é feliz. O colega responde: ‘Eu sou o que sou; a vida é o que é. O que tem isso tem a ver com felicidade?’
O diálogo dizia respeito ao amor. Lewis estava apaixonado pela poetisa americana Joy Gresham, e o colega ignorava o que era amar. Na sequência, Joy morre inesperadamente de câncer. O sofrimento de Lewis é imenso e a moral do filme é clara: sem amor estamos amputados de nossa melhor parte. A vida pode até ser mais tranquila e livre de dores quando não amamos. Mas trata-se de uma paz de cinzas, como a do colega de Lewis. Nada substitui a felicidade erótica; nada traz o alento do amor-paixão romântico correspondido. Diante dele tudo empalidece; sem ele, até o que engrandece perde a razão de ser.”
Jurandir Freire Costa, Sem fraude nem favor

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