“Numa
cena do filme Terra das Sombras, o
personagem do historiador inglês C. S. Lewis pergunta a um colega de
universidade se ele é feliz. O colega responde: ‘Eu sou o que sou; a vida é o
que é. O que tem isso tem a ver com felicidade?’
O diálogo dizia respeito ao amor. Lewis
estava apaixonado pela poetisa americana Joy Gresham, e o colega ignorava o que
era amar. Na sequência, Joy morre inesperadamente de câncer. O sofrimento de
Lewis é imenso e a moral do filme é clara: sem amor estamos amputados de nossa
melhor parte. A vida pode até ser mais tranquila e livre de dores quando não
amamos. Mas trata-se de uma paz de cinzas, como a do colega de Lewis. Nada
substitui a felicidade erótica; nada traz o alento do amor-paixão romântico correspondido.
Diante dele tudo empalidece; sem ele, até o que engrandece perde a razão de
ser.”
Jurandir
Freire Costa, Sem fraude nem favor
Nenhum comentário:
Postar um comentário