Manhã de 6 de julho
Meu anjo, meu tudo, meu eu... Por que
esta profunda tristeza quando é a necessidade quem fala? Pode consistir nosso
amor em outra coisa que em sacrifícios, em exigências de tudo e nada? Esqueceu
de que você não é inteiramente minha e de que eu não sou inteiramente seu? Oh, Deus!
Contempla
a maravilhosa natureza e tranquiliza seu ânimo na certeza do inevitável. O amor
exige tudo e com pleno direito: eu para com você e você para comigo. No
entanto, duvida tão facilmente que eu tenho que viver para mim e para você. Se
estivéssemos completamente unidos, nem você nem eu estaríamos nos sentindo tão
desolados. Minha viagem foi horrível...
Alegre-se,
você é o meu mais fiel e único tesouro, meu tudo como eu para você. No mais,
que aconteça o que tenha que acontecer e deva acontecer; os deuses saberão o
que fazer...
Tarde
de segunda-feira. Você sofre. Ah! onde estou, também ali está você comigo. Tudo
farei para que possamos viver um ao lado do outro. Que vida!!! Assim!!! Sem
você... perseguido pela bondade de algumas
pessoas, que não quero receber porque não as mereço. Me dói a humildade do homem
diante do homem. E quando me acho em sintonia com o Universo, o que sou e quem
é aquele a quem chamam o Todo Poderoso? E sem dúvida... aí então aparece de
novo o divino do homem. Choro ao pensar que provavelmente não receberá minha
primeira carta antes de sábado. Tanto como você me ama, muito mais a amo!...
Boa noite! Devo ir dormir. Oh, Deus! Tão perto! Tão longe! Não é nosso amor uma
verdadeira morada do céu? E tão sólido como as muralhas do céu?!
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