O
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) espera quebrar recordes e atrair
ao menos 200 mil pessoas ao espaço com a exposição inédita no Brasil das obras
do australiano Ron Mueck. Entre 20 de março e 1 de junho os cariocas e
visitantes poderão se impressionar com nove obras do australiano, que tem
causado furor em galerias pelo mundo ao apresentar esculturas de cenas do
cotidiano nas mais diversas escalas retratadas com extremo realismo.
Mueck
mistura matérias como resina, fibra de vidro, silicone e acrílico, levando os
expectadores a questionarem a noção de real. Detalhes como a cor dos pelos na
perna dos personagens, veias e expressões impressionam. Apesar de algumas
esculturas chegarem a quase três metros de altura, caso do casal de idosos
recostado um no outro embaixo de um guarda-sol, a verossimilhança e o apreço
aos detalhes aproxima o trabalho dos visitantes.
Entre
os nove trabalhos da exposição destacam-se três obras confeccionadas especialmente
para a mostra. Além disso, acompanha o trabalho um documentário de 50 minutos,
batizado de “Still Life”, que mostra todo o solitário processo de composição de
Mueck, que evita falar com a imprensa ou mesmo explicar o seu trabalho.
“É
um trabalho que causa grande impacto nas pessoas, consegue falar com todos os
tipos de público”, explica Grazia Quaroni, que faz a curadoria da exposição
junto a Hervé Chandès, diretor da Fundação Cartier para a Arte Contemporânea em
Paris. “Há sempre mudanças de escala, nunca vai ser um manequim, mas apesar do
tamanho são situações íntimas. O artista não dá nenhuma informação sobre elas,
cada um pode fazer a sua interpretação”, afirma.
De
família alemã, Mueck nasceu na Austrália e hoje vive em Londres. Filho de fabricantes
de brinquedos ele trabalhou em diversos programas de televisão e na produção de
efeitos especiais antes de ingressar no mundo das artes cênicas.
Pela
primeira vez na América do Sul, a exposição já passou por Buenos Aires onde
levou 160 mil pessoas a Fundação Proa. Antes disso a mostra chegou ao número
recorde de 300 mil espectadores quando estreou em Paris. A seguir, mais trabalhos do artista.
Fonte: diversao.terra.com.br/arte-e-cultura
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