terça-feira, 5 de novembro de 2013

Raiva

Xilogravura de Arlindo Daibert

“Mas, na ocasião, me lembrei dum conselho de Zé Bebelo, na Nhanva, um dia me tinha dado. Que era: que a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente.”
Fala de Riobaldo, in Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa

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