quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A literatura enquanto libertação

“A literatura é um processo de libertação e, por conseguinte, aspira à liberdade. Quer dizer que o seu ponto de partida é uma recusa aos constrangimentos. Quer dizer, ainda, que os constrangimentos estão na sua gênese ou no desencadear da sua explosão, como tem sido proclamado por tantos criadores.
Homem livre, pois, o escritor - ou que visceralmente deseja sê-lo. Tão livre, ou tão necessitado de o ser, que nem sequer pode estar de acordo com certas situações para que ardorosamente contribuiu: seja numa sociedade burguesa, seja numa sociedade proletária, ele sempre encontrará razões para a sua insubmissão e para o seu inconformismo, mesmo se, muitas vezes, se trate de uma contestação inconsciente.”
Fernando Namora, in Jornal sem Data

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