quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um escrito será que basta?

“Ando a ver. O caracol sai ao arrebol. A cobra se concebe curva. O mar barulha de ira e de noite. Temo igualmente angústias e delícias. Nunca entendi o bocejo e o pôr-do-sol. Por absurdo que pareça, a gente nasce, vive, morre. Tudo se finge, primeiro: germina autêntico é depois. Um escrito será que basta? Meu duvidar é uma petição de mais certeza.”
Guimarães Rosa, in Tutaméia

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