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Eu
só tomei o choque às 14 horas. Ouvi, abri a boca e o meu pensamento
desgarrou-se para o programa Divino Maravilhoso do natal de 68, poucos dias
antes, na TV Tupi. Nunca vi cena tão violenta na minha vida. Era simplesmente
Caetano, com um revólver na mão, voz sossegada e musical, calmo e doce,
cantando.
“Anoiteceu/o
sino gemeu
A gente
ficou/feliz a rezar…”
O
revólver era empunhado sem ênfase. Esquecido na mão, o cano preto voltado para
a plateia, sem focalizar ninguém, apontando ponto nenhum:
“Eu pensei que
todo mundo
fosse
filho de Papai Noel…”
Tom
Zé, in Tropicalista lenta luta
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