“Minha
condição humana me fascina. Conheço o limite de minha existência e ignoro por
que estou nesta terra, mas às vezes o pressinto. Pela experiência cotidiana,
concreta e intuitiva, eu me descubro vivo para alguns homens, porque o sorriso
e a felicidade deles me condicionam inteiramente, mas ainda para outros que,
por acaso, descobri terem emoções semelhantes à minha.
E cada dia, milhares de vezes, sinto
minha vida – corpo e alma – integralmente tributária do trabalho dos vivos e
dos mortos. Gostaria de dar tanto quanto recebo e não paro de receber. Mas depois
experimento o sentimento satisfeito de minha solidão e quase demonstro má
consciência ao exigir ainda alguma coisa de outrem. Vejo os homens se
diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as justifica a não ser pela
violência. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e
natural, de corpo e de espírito.”
Albert
Einstein, in Como vejo o mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário