“E vocês sabem
o que é um sonhador, cavalheiros? É um pecado personificado, uma tragédia
misteriosa, escura e selvagem, com todos os seus horrores frenéticos,
catástrofes, devaneios e fins infelizes... um sonhador é sempre um tipo difícil
de pessoa porque ele é enormemente imprevisível: umas vezes muito alegre, às
vezes muito triste, às vezes rude, noutras muito compreensivo e enternecedor,
num momento um egoísta e noutro capaz dos mais honoráveis sentimentos... não é
uma vida assim uma tragédia? Não é isto um pecado, um horror? Não é uma
caricatura? E não somos todos mais ou menos sonhadores?”
Fiodor Dostoievski, in Escritos Ocasionais
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