“O acaso é um poder maligno, no qual se
deve confiar o menos possível. De todos os doadores, ele é o único que, ao dar,
mostra ao mesmo tempo e com clareza que não temos direito nenhum aos seus bens,
os quais devemos agradecer não ao nosso mérito, mas tão-só à sua bondade e
graça, que nos permitem até nutrir a esperança alegre de receber, no futuro e
com humildade, muitos outros bens imerecidos. Eis o acaso: mestre da arte régia
de tornar claro o quanto, em oposição ao seu favor e à sua graça, todo o mérito
é impotente e sem valor.”
Arthur
Schopenhauer, in Aforismos para a Sabedoria de Vida
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