Chegou o tempo de fechar as mãos,
De recolher as dádivas e dar:
De recolher as dádivas e dar:
Pra quê bramir no peito o coração,
inflorar a tristeza, encaminhar
quedas no precipício, no vazio,
insculpir vozes que não têm som,
em terra seca libertar sementes...
Pra quê por outros ter os desafios,
Aveludar angústias, dores, com
Sorrisos entre os lábios permanentes?
Chegou o tempo de me despedir
e adormecer nos brados do cansaço:
serenamente os dias a provirem
alheios à jornada dos meus passos.
António
Salvado
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