Leon Neal/France Presse
Cuidado: você
está sendo vigiado e manipulado. Essa é a mensagem que fica da leitura de
"Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet", novo livro de Julian
Assange.
Criador e
editor-chefe do polêmico WikiLeaks, grupo que revelou documentos secretos dos
EUA, Assange, 41, está há mais de seis meses na Embaixada do Equador em
Londres. Apesar de ter obtido asilo político no país sul-americano, ele é
ameaçado de prisão pelo Reino Unido caso deixe a missão diplomática.
"Cypherpunks"
diz respeito a um movimento que defende o uso da criptografia (a comunicação
por códigos) na internet como forma de garantir privacidade e escapar dos
controles de governos e corporações. O livro reproduz um debate entre Assange e
três companheiros ocorrido em 20 de março de 2012, quando o jornalista
australiano estava em prisão domiciliar no Reino Unido.
"É preciso
acionar o alarme. Esse livro é o grito de advertência de uma sentinela na
calada da noite", escreve Assange na introdução.
Google, Facebook, Amazon, cartões de
crédito, governo dos EUA: a metralhadora giratória do texto ataca poderes
políticos e econômicos e faz parecer brincadeira de criança a imaginação de
George Orwell.
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