São 528 páginas, 90 capítulos e mais de 700
imagens em um livro de arte de 24 por 32 centímetros,
com 3,5 quilos. Afinal, como diz o título, trata-se da História da
caricatura brasileira. Mas basta uma olhada mais atenta para se perceber o
subtítulo: “Os precursores e a consolidação da caricatura no Brasil”. Isso
mesmo. Apesar do gigantismo, este é apenas o primeiro volume de uma coleção que
vai se estender por mais cinco ou seis tomos. A obra, da Gala Edições de Arte,
foi lançada na segunda-feira (17/12), no Rio, e na terça (18), em São Paulo.
O autor do trabalho é Lucio
Muruci, ou melhor, Luciano Magno, pseudônimo que ele adotou para seu primeiro
livro, a exemplo do que faziam muitos caricaturistas, como Fritz (nascido
Anísio Oscar Mota), Seth (Alvaro Marins), J. Carlos (José Carlos de Brito e
Cunha) e Bambino (Arthur Lucas). Nascido no Rio, o historiador, pesquisador,
caricaturista, editor e sociólogo dedicou 25 de seus 40 anos ao tema. De seu
esforço, sai um trabalho monumental, bilíngue (português e inglês), que traz
revelações e corrige injustiças sobre uma arte que, diz ele, sempre teve papel
de relevo. A principal novidade diz respeito à primeira caricatura brasileira.
Especialistas citam A companhia e o cujo,
datada de 14 de dezembro de 1837, de autoria de Manoel de Araújo Porto-Alegre.
Mas Magno mostra que, 15 anos antes, no dia 25 de julho de 1822, saiu publicada
no periódico pernambucano O marimbondo uma
charge que retrata um corcunda – representando os portugueses – pulando
acossado por um enxame de marimbondos – os brasileiros. “Esse patriótico
desenhista é desconhecido. O tema da charge estava dentro do espírito
proclamado no editorial da publicação, de teor nacionalista”, diz ele.
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