“Tal como o corpo assimila coisas de toda
a natureza - vulgares, poluídas ou purificadas por um padre ou por uma visão -
e as converte em destreza ou força, músculo ou suavidade de linhas, curvas e
cor do cabelo, dos lábios e dos olhos, assim também a Alma, por sua vez, tem as
suas funções assimiladoras e pode transformar em nobres pensamentos e elevadas
paixões o que em si mesmo é baixo, cruel e degradante; mais ainda, pode
encontrar nestas a maneira mais digna de afirmação. E muitas vezes pode
revelar-se a si mesma de um modo mais perfeito através daquilo que estava
destinado a destruí-la ou a profaná-la.”
Oscar
Wilde, in De Profundis
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