Curt Meyer-Clason, que morreu em janeiro, foi um dos maiores
divulgadores da literatura latino-americana na Europa. Traduziu para o alemão
obras seminais como “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Cem Anos de
Solidão”, de Gabriel García Márquez.
Curt Meyer-Clason, o
grande divulgador da literatura brasileira, latino-americana e portuguesa na
Europa no pós-Segunda Guerra Mundial, morreu em Munique, sul da Alemanha, em
janeiro, aos 101 anos.
Meyer-Clason, tradutor,
escritor, editor, ensaísta e crítico, deixou uma obra incomparável — cujo
volume e conteúdo só aos poucos é conhecida em sua profundidade. Seu nome não
constava nas manchetes de primeira página — só nos círculos editoriais, entre
autores e leitores. Os estudiosos do ramo terão décadas de trabalho para
pesquisar, analisar e interpretar a enorme quantidade de documentos, registros,
apontamentos que Curt Meyer-Clason produziu e deixou para a posteridade. Em seu
acervo encontram-se, além disso, milhares de cartas de autores que traduziu.
Sua biografia é tão
diversificada como os livros que traduziu. Por uma invulgar casualidade do
destino, sua vida enveredou por um caminho que jamais planejara.
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