Foto: Elilson Batista
Essa borboleta permaneceu vários
dias no meu quarto e, diferentemente da personagem de Memórias Póstumas de Brás
Cubas, não senti nenhum repelão dos nervos e nem lancei mão de uma toalha para
acertá-la.
Embora com janelas e porta
aberta, ela teimava em ficar. A bela e enorme borboleta marrom estava condicionando
os seus voos ao restrito espaço do quarto. Compadecido, coloquei-a numa sacola
e soltei-a na rua em frente. Num voo oscilante, que só as borboletas têm, pousou
em uma árvore do outro lado da rua: minha ação de bom menino estava concluída.
Elilson José Batista
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