À beira do rio,
O vento
trouxe-me a canção de uma flauta distante.
Para responder-lhe,
cortei um ramo de salgueiro
E a canção da
minha flauta embalou a noite encantada.
Desde então,
todos os dias,
À hora em que o
campo adormece,
Os pássaros
ouvem a conversa
De dois pássaros
desconhecidos,
Cuja linguagem,
no entanto, compreendem.
Li Po, poeta chinês. Tradução de Cecília Meireles.
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