Foto e arte final: Pablo Einstein
A sobrinha de minha esposa, Mariana, residente em Pau dos Ferros – RN, ganhou de sua tia Vânia, de João Pessoa – PB, um cachorro da raça poodle, que recebeu três nomes: Tobby, Nino e Nego e logo se tornou o xodó de todos no novo lar.
Nego, como é carinhosamente chamado devido à tonalidade predominando na ponta dos pêlos, é enviado semanalmente a um Pet Shop para banho e higiene.
Em uma das últimas entregas, um funcionário do Pet Shop, todo orgulhoso, mostrava à minha sogra o resultado do seu trabalho:
- Dona Socorro, ela não está linda, com esse lacinho rosa?
- Ela? Lacinho rosa? Menino, você não errou a entrega?
Não, definitivamente o funcionário não tinha trazido outro cachorro, pois era o mesmo Nego, feliz ao avistar a dona da casa, saltitando e pedindo colo, só diferindo do original no marcante lacinho rosa encimado em sua cabeça, em forma de coque.
Dona Socorro, dos Marinhos de Marcelino Vieira, família conhecida pelo humor e verve, não perdeu a oportunidade:
- Menino, que banho bem dado! Se tivessem lavado direito, por baixo, teriam visto o pingulim do cachorro e trazido ele de gravata.
Resumindo o final da comédia: esse funcionário, acabrunhado, nunca mais apareceu para a entrega de Nego, já notadamente identificado como tal no Pet shop.
*Causo escrito por mim e publicado, ontem, no jornal O Mossoroense, na coluna Recitanda, reproduzida a seguir:
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