Vanessa da Mata, que participa do álbum "Red Hot + Rio 2" com a música "Boa Reza" |
Quarenta e três anos depois de "Tropicália ou Panis et Circencis", as vozes de Caetano Veloso, Tom Zé e Rita Lee seguem cantando músicas do álbum que deu nome ao movimento estético.
Só que em 2011 os dinossauros tropicalistas ganham reforço: Marisa Monte, Beck, Devendra Banhart, David Byrne e uma legião de 60 artistas de 13 países soltaram a voz para levantar dinheiro para o combate ao HIV no CD duplo "Red Hot + Rio 2", a ser lançado em setembro aqui.
O brasileiro Béco Dranoff coproduziu o álbum, gravado pelo projeto Red Hot, que já lançou 20 CDs para custear ações de conscientização sobre o vírus da Aids.
O primeiro "Red Hot + Rio", há 15 anos, homenageou a bossa nova. Dranoff falou à Folha, de Nova York, onde mora desde 1988.
Folha - Como se decidiu quem participaria do CD?
Béco Dranoff - Desde o início queríamos convidar o Beck, o Devendra Banhart, o Of Montreal, o Beirut. Do Brasil, eram os clássicos, como Tom Zé, Caetano, Marcos Valle, Joyce, Os Mutantes, Rita Lee, e a nova guarda, como Bebel Gilberto, Céu, Apollo Nove, Otto, Marisa Monte, DJ Dolores e outros artistas com ângulos musicais incríveis.
Béco Dranoff - Desde o início queríamos convidar o Beck, o Devendra Banhart, o Of Montreal, o Beirut. Do Brasil, eram os clássicos, como Tom Zé, Caetano, Marcos Valle, Joyce, Os Mutantes, Rita Lee, e a nova guarda, como Bebel Gilberto, Céu, Apollo Nove, Otto, Marisa Monte, DJ Dolores e outros artistas com ângulos musicais incríveis.
Como escolheram o repertório?
Depois de definirmos que o projeto seria uma homenagem moderna ao tropicalismo, selecionamos artistas que são influenciados de alguma forma pelo movimento.
Depois de definirmos que o projeto seria uma homenagem moderna ao tropicalismo, selecionamos artistas que são influenciados de alguma forma pelo movimento.
Durante a produção, fomos enviando sugestões de músicas e parcerias para os artistas. Em alguns casos, eles escolheram as canções que iam gravar.
Há também músicas originais, como as de John Legend, de Rita Lee, do duo Twin Danger, de Aloe Blacc, de Kassin com Cibelle e de Money Mark com Thalma de Freitas e João Parahyba.
O tropicalismo voltou à moda lá fora?
Desde os anos 1990, a tropicália é admirada como um movimento cultural à frente do seu tempo. No final dos anos 60, já era um movimento de vanguarda que pregava a abertura mental e musical e a globalização das culturas.
Desde os anos 1990, a tropicália é admirada como um movimento cultural à frente do seu tempo. No final dos anos 60, já era um movimento de vanguarda que pregava a abertura mental e musical e a globalização das culturas.
Hoje, é absorvida pela juventude como uma referência artística importante e atual, no Brasil e no mundo.
Faz-se tropicalismo ainda?
Sim, claro que se faz tropicalismo. Hoje no Brasil temos uma geração inteira que desbrava novos caminhos musicais, fundindo a brasilidade sonora com as tendências e evoluções musicais internacionais. Misturam tudo sem perder a alma brasileira.
Sim, claro que se faz tropicalismo. Hoje no Brasil temos uma geração inteira que desbrava novos caminhos musicais, fundindo a brasilidade sonora com as tendências e evoluções musicais internacionais. Misturam tudo sem perder a alma brasileira.
Há planos de shows reunindo os artistas do álbum?
Existe uma grande vontade de promovermos um evento no Brasil para marcar o Dia Mundial da Luta contra a Aids, em 1º de dezembro.
Existe uma grande vontade de promovermos um evento no Brasil para marcar o Dia Mundial da Luta contra a Aids, em 1º de dezembro.
Chico Felitti, para a Folha Ilustrada
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