Já não é bom rever nosso passado
Agora é ruim prever nosso futuro
Há dor nos olhos, vergonha no peito
Desse meu direito de um mano ruim
De um mano ruim.
Vejo o sertão de Câmara Cascudo
Mal empalhado, peça de museu
O sábia de metal mal polido
Raízes do passado
E meu bumba-meu-boi morreu
Meu bumba-meu-boi morreu.
E vejo uma flora de borracha
Tão nova, abrigando os juritis
Dos artesãos oficiais suicidas
E vejo lá no campo
Uma voz mal programada
Chamando o gado por curral
Sem aboiar
Ê, gado, oi
Ê, gado, oi.
Um cão de parafuso sem o seu latido
Urubu de urânio urinando óleo
Mandacaru, maracatu mirou-se na miragem.
A ecologia chora suas dores
A flora e a fauna falando das flores
Tudo é coisa pro ano 2000
Eu sei que ninguém viu
O sertão de metal
Mas eu sonhei
Gado, oi
Ê, gado, oi.
Raimundo Círio e Léo Batista, cantores e compositores pauferrenses
postei essa música no meu blog http://discovelho.blogspot.com/2011/09/cirio-e-leo-batista-sertao-de-metal.html
ResponderExcluirtive a felicidade de ser aluno desses caras
valew