“O
vizinho Edilberto veio falar com Letícia. Queria emprestado o nosso
cavalo para ir à feira. E ela disse que não, sentia muito. Nem
livro nem cavalo se empresta! Edilberto insistiu. Então a Nuvem deu
a desculpa de ter ele saído comigo. E Alecrim, o cavalo, relinchou,
lá da porteira, onde estávamos. O vizinho se empertigou:
-
Posso escutá-lo! – disse.
E
Letícia, com delicada altivez, falou:
-
Se preferes acreditar na palavra do cavalo a acreditar na minha, não
mereces que lhe seja emprestada coisa alguma!”.
Carlos
Nejar, in A engenhosa Letícia do Ponta
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