Um
toque da solidão, e um dedo
severo
me traz à realidade: não depender
dos
meus amores, não me enfeitar
demais
com sua graça, mas ver
que
cada um de nós é um coração sozinho.
Cada
um de nós perenemente
é
um espelho a se mirar, sabendo
que
mesmo se nesse leito frio e branco
um
outro amor quer derramar-se em nós,
entre
gélido cristal e alma ardente
levantam-se
paredes para sempre.
(E
para sempre
a
amante solidão nos chama e abraça.)
Lya Luft, em Secreta Mirada
Nenhum comentário:
Postar um comentário