É
tarde,
nenhum
sono
repõe
o que não vivi.
É
tarde,
nenhum
amanhã
cura
a antiga ferida que
em
nós sangra.
Agora,
que
não há sonho
posso,
enfim, dormir.
Agora
é
tarde demais para morrer.
Agora,
resta
um único desfecho:
de
novo, acordar por dentro.
E
acordar sempre
até
que volte a ser cedo.
Mia
Couto
Nenhum comentário:
Postar um comentário