Talvez
uma hora, como saber qual?, tivesse
interrompido
o
que agora é definitivo. Talvez uma sílaba,
como
nas grandes máquinas a peça pequenina.
Tudo
era implacável? Rumo definido?
Mas
que são decretos antes de serem lidos?
Devia
ter sido naquele tempo, antes do destino,
que,
talvez um movimento, meu, de alguém,
um
remédio, um telefonema, um e-mail,
um
gesto,
e
não pensaríamos agora em coisas absurdas
como
Deus e o Universo. Talvez um dia,
qual
teria sido?, e tudo fosse diferente, outro caminho.
Mas
nada se fez. Tantas vezes nada se faz.
E
o marujo seguiu só, sem nós,
que
nunca deixamos de amá-lo.
Eucanaã Ferraz, em Sentimental
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