Olympia (1863), de Édouard Manet
A
arte é um dos dois órgãos do progresso da humanidade. Por meio da
palavra, o homem se comunica em pensamento, e, por meio das imagens
da arte, ele se comunica em sentimento com todas as pessoas, não
somente do presente, mas do passado e do futuro. É correto para a
humanidade empregar esses dois órgãos de comunicação, e,
portanto, a perversão de qualquer um deles traz consequências
danosas para a sociedade na qual ela ocorre. E essas consequências
são necessariamente duplicadas: primeiro, a ausência, nessa
sociedade, da atividade que deveria ser realizada por aquele órgão,
e, em segundo lugar, a atividade prejudicial do órgão corrompido.
São exatamente essas as consequências encontradas em nossa
sociedade. O órgão da arte foi pervertido e, em resultado disso, a
sociedade das classes altas foi privada, em considerável medida, da
atividade que ele deveria ter realizado. Por um lado, as
falsificações artísticas, servindo apenas para diversão e
corrupção das pessoas, espalharam-se em nossa sociedade em escala
enorme. Por outro lado, trabalhos artísticos sem valor e exclusivos,
considerados como a mais alta arte, perverteram, na maioria das
pessoas do nosso meio, a capacidade de se contagiarem com verdadeiras
obras de arte, privando-as da possibilidade de conhecer os
sentimentos mais altos que a humanidade atingiu e que só podem ser
transmitidos pela arte.
Tudo
o que de melhor a humanidade produziu na arte permanece desconhecido
para as pessoas privadas da capacidade de ser contagiadas por ela e é
substituído por imitações ou por arte sem valor que é confundida
com a genuína. As pessoas da nossa época e nossa sociedade admiram
os Baudelaires, Verlaines, Moréases, Ibsens e Maeterlincks na
poesia; os Monets, Manets, Puvis de Chavannes, Burne-Joneses, Stucks
e Böcklins na pintura; os Wagners, Liszts e Richard Strausses na
música etc., e já não são capazes de entender nem a arte mais
elevada nem a mais simples.
Devido
à perda da capacidade de serem contagiadas, as altas classes
crescem, são educadas e vivem sem o efeito suavizante e fertilizador
da arte. Assim, além de não caminhar em direção ao seu
aperfeiçoamento, tornam-se cada vez mais selvagens, grosseiras e
cruéis.
Esse
é o efeito da ausência da atividade do órgão da arte na nossa
sociedade. No entanto, as consequências da atividade pervertida
desse órgão são ainda mais prejudiciais, e elas são muitas.
A
primeira consequência que salta aos olhos é o enorme desperdício
de mão de obra de trabalhadores em algo que não apenas é inútil,
mas, em geral, prejudicial e, além disso, o irredimível desperdício
de vidas humanas nessa coisa desnecessária e má. É terrível
pensar com que esforço, com que privações, milhões de pessoas
trabalham sem ter tempo ou possibilidade de fazer coisas necessárias
para si mesmas e para sua família, gastando dez, 12 ou 14 horas por
noite montando linotipos para livros pseudoartísticos que difundem a
depravação entre as pessoas, ou trabalhando para teatros,
concertos, exposições e galerias que servem quase sempre à mesma
depravação. Porém, mais terrível é pensar que crianças vivazes
e gentis, capazes de tudo o que é bom, dedicam-se desde tenra idade
a gastar seis, oito ou dez horas por dia, durante dez ou 15 anos,
tocando escalas ou torcendo os membros, andando na ponta dos pés e
levantando as pernas acima da cabeça, ou cantando solfejos ou
declamando versos com afetações diversas, ou desenhando bustos e
modelos nus e pintando esboços, ou escrevendo redações pelas
regras de determinado período; e que nessas ocupações desonrosas
para a dignidade humana, que continuam muitas vezes até bem depois
da plena maturidade, perdem toda a sua força física e intelectual e
toda a compreensão da vida. As pessoas dizem que é terrível e
lastimável ver os pequenos acrobatas colocarem as pernas atrás do
pescoço, mas não é menos lastimável ver uma criança de dez anos
dando concertos, e, mais ainda, ver crianças de dez anos que sabem
de cor as exceções da gramática do latim... Mas não se trata
apenas de que essas pessoas são aleijadas física e mentalmente —
elas são incapacitadas moralmente também, tornando-se
impossibilitadas de fazer qualquer coisa que seja realmente
proveitosa e necessária para os outros. Ocupando na sociedade o
papel de promotores de recreação para ricos, perdem seu senso de
dignidade humana, desenvolvem tal paixão pelo louvor público que
sofrem permanentemente de vaidade insatisfeita — vaidade inflada
até um grau mórbido — e usam todas as forças da sua alma para
justificar essa paixão. E o mais trágico de tudo é que essas
pessoas, destruídas para viver para a arte, não são de modo algum
úteis a ela e lhe causam o maior dos danos.
Nas
academias, escolas e conservatórios, é-lhes ensinado como forjar
arte, e, aprendendo isso, tornam-se tão pervertidas que perdem toda
a capacidade de produzir arte genuína e passam a ser fornecedoras
dessa arte falsificada, ou sem valor, ou depravada, que enche o
mundo. Essa é a primeira consequência da perversão do órgão da
arte que nos salta aos olhos.
A
segunda consequência é que as obras de arte-divertimento,
produzidas em tão assustadoras quantidades pelo exército de
artistas profissionais, permitem que os ricos da nossa época vivam
de uma forma que, além de não ser natural, é contrária ao
princípio de humanitarismo professado por eles mesmos. Viver como
vivem os ricos e ociosos, especialmente as mulheres — longe da
natureza e dos animais, em condições artificiais, com músculos
atrofiados ou anormalmente desenvolvidos pela ginástica e com uma
energia vital enfraquecida —, seria impossível se não fosse por
essa arte-divertimento, se não fosse pela distração que afasta os
olhos dessas pessoas da falta de sentido de sua vida e as salva do
tédio que as oprime. Tire delas os teatros, concertos e exposições,
o piano, as trovas e os romances com que se ocupam na convicção de
que isso é uma atividade muito refinada, estética e portanto boa;
tire dos mecenas, que compram quadros, patrocinam músicos e
frequentam escritores, a sua função de patronos do importante tema
da arte, e eles serão incapazes de continuar a viver, morrerão
todos de aborrecimento, de tédio, da percepção da falta de sentido
e desregramento da sua vida. Somente as ocupações com o que é
considerado arte nesse meio lhes permite, na violação de todas as
condições naturais, seguirem vivendo sem perceber a sua insensatez
e a sua crueldade. E esse suporte à falsa vida dos ricos é a
segunda consequência, não insignificante, da perversão da arte.
O
terceiro efeito da perversão da arte é a confusão que produz nas
ideias das crianças e do povo em geral. Aqueles que não estão
pervertidos pelas teorias falsas da nossa sociedade —
trabalhadores, crianças — têm uma ideia bem definida dos motivos
pelos quais uma pessoa pode ser homenageada e elogiada. Segundo a
compreensão das pessoas simples e das crianças, o motivo para
louvar e glorificar alguém só pode ser a força física (Hércules,
super-homens, conquistadores) ou a força moral, espiritual
(Shakya-muni abandonando sua linda esposa e seu reino para salvar os
homens, ou Cristo indo para a cruz pela verdade que professava, e
todos os mártires e santos). Ambos são compreensíveis para o povo
e para as crianças. Eles entendem que não se pode deixar de
respeitar a força física, porque ela se faz respeitar. Quanto à
força moral do bem, um homem íntegro não pode deixar de
respeitá-la porque todo o seu ser espiritual é atraído por ela. E
então essas crianças e homens simples veem subitamente que, ao lado
daqueles que são elogiados, homenageados e recompensados por sua
força física ou moral, existem também aqueles que são elogiados,
glorificados e recompensados em escala ainda maior do que os heróis
da força e da bondade simplesmente porque cantam bem, escrevem
poesia ou são bons dançarinos. Eles veem que cantores, escritores,
pintores e dançarinos ganham milhões, que recebem mais homenagens
que os santos — e ficam perplexos.
Quando,
cinquenta anos após a morte de Pushkin, edições baratas de suas
obras foram publicadas e se espalharam, ao mesmo tempo que um
monumento foi erigido em sua homenagem em Moscou, mais de dez cartas
de diferentes camponeses me foram enviadas perguntando por que
Pushkin era tão glorificado. Um dia desses recebi a visita de um
artesão alfabetizado de Saratov que aparentemente perdera a cabeça
com esse assunto e estava a caminho de Moscou para acusar o clero por
ter contribuído com a realização desse “munumento” ao sr.
Pushkin.
De
fato, basta imaginar a situação de um homem do povo, como esse, que
fica sabendo pelos jornais e pelos comentários que lhe chegam que o
clero, as autoridades, todos os poderosos da Rússia inauguraram em
triunfo um memorial ao grande homem, ao benfeitor, à glória do país
— Pushkin, de quem nunca até então ouvira falar. Ele lê ou ouve
isso de todos os lados e pensa que, se tais homenagens são prestadas
a um homem, este provavelmente fez algo extraordinário, seja em
matéria de força, seja em matéria de bondade. Tenta descobrir
então quem foi Pushkin e, ao saber que não foi um homem de poder
nem um líder militar, conclui que deve ter sido um santo e um mestre
do bem, e se esforça para ler ou ouvir sobre sua vida e suas obras.
Mas quão grande será a sua perplexidade ao tomar conhecimento de
que Pushkin foi um homem de moral menos que ligeira, que morreu em um
duelo — isto é, enquanto tentava matar outro homem — e que todo
o seu mérito consiste simplesmente em ter escrito poemas sobre o
amor, muitos deles bem indecentes?
Que
alguns homens poderosos como Alexandre da Macedônia, Gengis Khan ou
Napoleão sejam grandes ele pode entender, porque qualquer um deles
poderia esmagar milhares como ele. Também pode entender que Buda,
Sócrates e Cristo sejam grandes, porque sabe e sente que todas as
pessoas deveriam ser como eles; mas por que uma pessoa há de ser
grande por ter escrito poemas sobre o amor às mulheres — isso ele
não consegue entender.
O
mesmo se deve passar na cabeça de um camponês bretão ou normando
que fica sabendo da existência de um memorial, une statue,
como se fosse à Mãe de Deus, a Baudelaire, quando lê ou lhe contam
o conteúdo de As flores do mal, ou — ainda mais espantoso —
a Verlaine, quando lê a sua poesia ou fica sabendo da vida patética
e depravada que esse homem levou. E que confusão deve ocorrer na
cabeça desse povo simples quando fica sabendo que alguma Patti ou
Taglioni[110] recebe cem mil por temporada, que um pintor consegue o
mesmo por um quadro e que os autores de romances que descrevem cenas
de amor recebem ainda mais.
O
mesmo acontece também com as crianças. Lembro-me de ter
experimentado esse espanto e perplexidade. Somente pude aceitar essa
exaltação dos artistas, colocados no mesmo plano dos homens
poderosos e heróis morais, ao diminuir, na minha consciência, a
importância do valor moral e aumentar a importância falsa e
antinatural das obras de arte. O mesmo acontece na alma de cada
criança e de cada pessoa simples quando sabe das estranhas
homenagens e recompensas dadas a artistas. Essa é a terceira
consequência da atitude falsa de nossa sociedade em relação à
arte.
A
quarta consequência de tal atitude é que as classes privilegiadas,
à medida que encontram mais e mais frequentemente a contradição
entre a beleza e o bem, colocam o ideal de beleza mais alto,
livrando-se assim das exigências da moralidade. Essas classes, em
vez de reconhecer a arte à qual servem pelo que ela é — isto é,
uma coisa retrógrada —, invertem os papéis e reconhecem a
moralidade como uma coisa retrógrada que não pode ter nenhuma
importância para pessoas de um grau elevado de desenvolvimento, como
imaginam que elas próprias sejam.
Essa
consequência da atitude errada em relação à arte se tornou
explícita em nossa sociedade há muito tempo, mas ultimamente, com
seu profeta Nietzsche e seus seguidores, assim como com os decadentes
e com os estetas ingleses — todos idênticos —, ela vem se
expressando com insolência especial. Decadentes e estetas como Oscar
Wilde escolhem como tema de suas obras a negação da moralidade e o
elogio à depravação.
Uma
parte dessa arte produziu uma doutrina filosófica semelhante. Recebi
recentemente da América um livro intitulado The Survival of the
Fittest: Philosopby of Power [A sobrevivência do mais apto:
filosofia do poder], de Ragnar Redbeard (Chicago, 1896). A essência
desse livro, como é expressa no prefácio do editor, é que avaliar
o bem pela falsa filosofia dos profetas hebreus e dos messias
chorosos é loucura. O certo não resulta de nenhuma doutrina, mas do
poder. Todas as leis, mandamentos e doutrinas sobre não fazer aos
outros o que você não quer que lhe façam não significam nada,
inerentemente, e adquirem alguma importância somente quando se usa o
cacete, a prisão e a espada. Uma pessoa realmente livre não é
obrigada a obedecer a nenhuma injunção, humana ou divina. A
obediência é o sinal da degeneração; a desobediência é o sinal
do herói. As pessoas não deviam ser obrigadas a seguir tradições
inventadas por seus inimigos. O mundo todo é um campo de batalha
escorregadio. A justiça ideal consiste em que os vencidos sejam
explorados, torturados e desprezados. Os livres e os bravos podem
conquistar o mundo todo. E, portanto, dessa injunção, deve haver
guerra eterna pela vida, pela terra, pelo amor, pelas mulheres, pelo
poder e pelo ouro. (Algo semelhante foi proferido há vários anos
pelo famoso e refinado acadêmico Vogüé. A terra com seus tesouros
é o “prêmio dos audaciosos”.
O
autor, sem dúvida por si mesmo, independentemente de Nietzsche,
chegou à mesma conclusão que é professada pelos artistas modernos.
Expostos
na forma de uma doutrina, esses princípios nos chocam. Na verdade,
eles estão contidos no ideal da arte que serve à beleza. A arte de
nossas classes altas cultivou esse ideal do super-homem — que de
fato é o antigo ideal de Nero, Stenka Razin, Gengis Khan, Robert
Macaire, Napoleão e todos os seus cúmplices, satélites e
bajuladores — e o mantém nelas com toda a sua força.
Essa
suplantação do ideal de moralidade pelo ideal do belo — ou seja,
do prazer — é a quarta consequência, terrível, da perversão da
arte em nossa sociedade. É assustador imaginar no que poderia
acontecer à humanidade se uma arte assim fosse difundida entre as
massas. E isso já está começando a acontecer.
A
última e principal consequência é que a arte que floresce no meio
das classes altas da sociedade europeia corrompe as pessoas
diretamente, ao contagiá-las com os piores e mais danosos
sentimentos da superstição, do patriotismo e, principalmente, da
sensualidade.
Observe
atentamente as causas da ignorância nas massas populares e você
verá que a principal não é de forma alguma a falta de escolas e
bibliotecas, como estamos acostumados a pensar, mas as superstições,
tanto as eclesiásticas quanto as patrióticas, das quais elas estão
imbuídas e que são geradas por todos os recursos da arte. As
superstições da Igreja são apoiadas pela poesia das orações e
dos hinos, pela pintura dos ícones, pela escultura das imagens, pelo
canto, pelos órgãos, pela música e pela arquitetura, e até mesmo
pela arte dramática nas suas cerimônias. As superstições
patrióticas são apoiadas por versos e por histórias que são
contadas até nas escolas; por música, canto, desfiles solenes,
cerimônias reais, pinturas militares e memoriais.
Se
não fosse pela atividade constante de todos os ramos da arte na
perpetuação da intoxicação e do amargor dessas superstições
entre o povo, as massas populares há muito tempo teriam atingido a
verdadeira iluminação. Mas não é somente a corrupção
eclesiástica e patriótica que esse tipo de arte produz.
Em
nossa época, a arte serve também como a principal causa da
corrupção das pessoas na questão mais importante da vida social:
as relações sexuais. Nós todos sabemos por nós mesmos, e os pais
e mães sabem também por seus filhos, que terríveis sofrimentos
espirituais e corporais, que inútil desperdício de energia as
pessoas vivenciam somente por causa da licenciosidade do desejo
sexual.
Desde
o princípio do mundo, desde o tempo da Guerra de Troia — que
começou por causa da licenciosidade sexual —, até os suicídios e
assassinatos por amor que hoje são relatados nos jornais quase todos
os dias, uma grande parcela dos sofrimentos da humanidade foi causada
por essa licenciosidade.
E
o que tirar daí? Toda arte, tanto a genuína quanto a forjada, com
raríssimas exceções, é dedicada unicamente a retratar e incitar o
amor sexual, em todas as suas formas. Basta lembrar todos os romances
com sensuais descrições de amor, das mais refinadas às mais cruas,
com os quais a literatura popular está cheia; todos aqueles quadros
e estátuas retratando o corpo feminino nu e todo tipo de
obscenidades que são incluídas nas ilustrações e propagandas;
basta lembrar todas as desprezíveis óperas, operetas, canções e
baladas com as quais nosso mundo está inundado — e pensa-se
involuntariamente que a arte existente só tem um objetivo preciso: a
ampla difusão da depravação.
Essas
são, se não todas, pelo menos as consequências mais diretas da
perversão da arte que se deu na nossa sociedade. E, como resultado,
o que é chamado de arte não só não contribui para o progresso da
humanidade, como, talvez mais do que qualquer outra coisa, também
atrapalha a realização do bem na nossa vida.
E,
desse modo, a pergunta feita involuntariamente por qualquer homem que
não participe de atividades artísticas e, portanto, que não é
ligado à arte existente por nenhum interesse próprio, é a questão
número um colocada no início deste texto: se é justo que sejam
oferecidos tantos sacrifícios na forma de trabalho e de vidas
humanas àquilo que chamamos arte se apenas uma pequena parcela da
sociedade usufrui dela. A resposta natural e de bom senso a essa
questão é: não, isso não é justo e não deveria ser. Não apenas
não deveria ser assim, não apenas não deveriam ser oferecidos
sacrifícios àquilo que é reconhecido como arte entre nós, como,
ao contrário, todos os esforços daqueles que desejam viver uma boa
vida deveriam ser dirigidos a destruir essa arte, porque ela é um
dos males mais cruéis que oprimem a humanidade. Assim, se fosse
colocada a questão sobre o que seria melhor para o mundo cristão:
perder tudo o que é hoje considerado arte, inclusive tudo o que é
bom nela, junto com a falsa arte, ou continuar a incentivar ou
permitir a arte que existe hoje; eu penso que qualquer pessoa
decidiria essa questão da forma como foi decidida por Platão para a
sua República e por todos os mestres da Igreja cristã e muçulmana.
Ou seja, essa pessoa diria: “É melhor que não exista arte do que
continue a existir como hoje, a arte depravada ou o seu simulacro.”
Felizmente, ninguém tem que enfrentar essa questão nem tem que
decidir sobre ela de uma forma ou de outra. Tudo o que o homem pode
fazer, tudo o que nós, pessoas chamadas cultas — que estamos em
posição de entender o significado dos fenômenos da nossa vida —,
podemos e devemos fazer é compreender o engano em que estamos e não
persistir nele, mas buscar sair dele.
Leon Tólstoi, in O que é arte?
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