“Nunca acreditei que a liberdade do
homem consiste em fazer o que quer, mas sim em nunca fazer o que não
quer, e foi essa liberdade que sempre reclamei, que muitas vezes
conservei, e me tornou mais escandaloso aos olhos dos meus
contemporâneos. Porque eles, ativos, inquietos, ambiciosos,
detestando a liberdade nos outros e não a querendo para si próprios,
desde que por vezes façam a sua vontade, ou melhor, desde que
dominem a de outrem, obrigam-se durante toda a sua vida a fazer o que
lhes repugna, e não descuram todo e qualquer servilismo que lhes
permita dominar.”
Jean-Jacques
Rousseau, in
Os devaneios do caminhante solitário
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