A
boca na pedra o levara a cacto
a
praça o relvava de passarinhos cantando
ele
tinha o dom da árvore
ele
assumia o peixe em sua solidão.
Seu
amor o levara a pedra
estava
estropiado de árvore e sol
estropiado
até a pedra
até
o canto
estropiado
no seu melhor azul
procurava-se
na palavra rebotalho
por
cima do lábio era só lenda
comia
o ínfimo com farinha
o
chão viçava no olho
cada
pássaro governava sua árvore.
Deus
ordenara nele a borra
o
rosto e os livros com erva
andorinhas
enferrujadas.
Manoel
de Barros
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