sexta-feira, 10 de julho de 2015

A árvore


Ó árvore quantos séculos levaste
a aprender a lição que hoje me dizes:
o equilíbrio, das flores às raízes,
sugerindo harmonia onde há contraste?

Como consegues evitar que uma haste
e outra se batam, pondo cicatrizes
inúteis sobre os membros infelizes?
Quando as folhas e os frutos comungaste?

Quantos séculos, árvore, de estudos
e experiências – que o vigor consomem
entre vigílias e cismares mudos -

demorastes aprendendo o teu exemplo,
no sossego da selva armada em templo?
E dize-me: há esperança para o Homem?
Geir Campos

Nenhum comentário:

Postar um comentário