“Embora o artista em todos os períodos da
sua vida permaneça mais próximo da infância, para não dizer mais fiel do que o
homem especializado na realidade prática, muito embora se possa afirmar que
ele, ao contrário deste último se mantém continuamente no estado sonhador e
puramente humano da criança brincalhona, o caminho que transpõe a partir dos primórdios intactos
até às fases tardias, jamais imaginadas do seu devir, é infinitamente mais
longo, mais aventuroso, mais emocionante para o espectador, do que o do homem
burguês, para o qual a reminiscência de também ter sido criança em outros
tempos nunca fica tão prenhe de lágrimas.”
Thomas Mann, in
Doutor Fausto
Nenhum comentário:
Postar um comentário