segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Deusa da minha rua*



A deusa da minha rua 
Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar 
Nos seus olhos eu suponho
Que o sol, num dourado sonho 
Vai claridade buscar
Minha rua é sem graça 
Mas quando por ela passa
Seu vulto que me seduz 
A ruazinha modesta
É uma paisagem de festa 
É uma cascata de luz
Na rua uma poça d'água 
Espelho da minha mágoa
Transporta o céu 
Para o chão
Tal qual o chão de minha vida
A minh'alma comovida 
O meu pobre coração
Espelhos da minha mágua 
Meus olhos
São poças d'água 
Sonhando com seu olhar
Ela é tão rica e eu tão pobre 
Eu sou plebeu
ela é nobre
Não vale a pena sonhar.

Composição: Newton Teixeira / Jorge Faraj


*Magistral interpretação de Zélia Duncan, comandada pelo violão de 7 cordas de Marco Pereira e o fantástico Bandolin de Hamilton de Holanda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário