segunda-feira, 13 de maio de 2024

Reminiscências

A enchente de 1941. Entrava-se de barco pelo corredor da velha casa de cômodos onde eu morava. Tínhamos assim um rio só para nós. Um rio de portas adentro. Que dias aqueles! E de noite não era preciso sonhar: pois não andava um barco de verdade assombrando os corredores?
Foi também a época em que era absolutamente desnecessário fazer poemas…

Mário Quintana, in Sapato Florido (1948)

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