A
boca aberta para o doce
já
prelibando a gostosura,
e
o doce cai no chão de areia, droga!
Olha
em redor. Os outros viram.
Logo
aquele doce cobiçado
a
semana inteira, e pago do seu bolso!
Irá
deixá-lo ali, só porque os outros
estão
presentes, vigilantes?
A
mão se inclina, pega o doce, limpa-o
de
toda areia e mácula do chão.
“Se
fosse em casa eu não pegava não,
mas
aqui no colégio, que mal faz?”
Carlos Drummond de Andrade, in Boitempo – Esquecer para lembrar
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