segunda-feira, 3 de maio de 2021

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Houve o tempo em que se acreditava
no poder da estampa: dizer um nome;
no dizê-lo por escrito o dito era tinta
e espírito unidos a quem o dizia de modo

fisiológico, porque tudo lhe pertencia.
Louca tecnologia a de um tempo aquele
em que se acreditava que o nome assim
escrito pudesse acender uma janela para

tanto todos tudo um mesmo fruto, e nisso
um cinema sem tempo, uma ciência do instante,
o poema, acredite, era o que parecia, que
a felicidade se fabricava nos pertencia.

Eucanaã Ferraz

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