Houve o tempo em que se acreditava
no poder da estampa: dizer um nome;
no dizê-lo por escrito o dito era tinta
e espírito unidos a quem o dizia de modo
fisiológico, porque tudo lhe pertencia.
Louca tecnologia a de um tempo aquele
em que se acreditava que o nome assim
escrito pudesse acender uma janela para
tanto todos tudo um mesmo fruto, e nisso
um cinema sem tempo, uma ciência do
instante,
o poema, acredite, era o que parecia, que
a felicidade se fabricava nos pertencia.
Eucanaã Ferraz
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