Eram
dois amigos. Um mais velho, outro menos velho. Velhos amigos velhos é
o que eram um do outro. O mais velho se dizia cansado. O menos velho
era um eterno apaixonado. Pelo amor. Certo dia, o menos velho ficou
conhecendo Ariane, razão de viver do mais velho. Logo o menos velho
tirou o sossego de Ariane – tirou outras coisas também - e
destruiu sua virtude. O mais velho passou a sentir uma angústia,
assim, sem explicação. Ariane, uns enjoos que sabia muito bem
explicar. E o mais velho, enjoou de Ariane, o que era previsível e
de fácil explicação.
Paulo
Ferreira,
65, securitário aposentado, de
Brasília - DF,
revisor de texto em atividade, escrevinhador das madrugadas por
teimosia.
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