segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Nossos líderes

Tivemos uns bons professores nas Artes. E alguns péssimos. Mas ao longo da história das nações todos os líderes dos séculos que nos antecederam, nossos líderes políticos, foram péssimos professores e nos conduziram agora quase que a um beco sem saída. Nossos líderes de Estado foram necessariamente vis, homens estreitos e estúpidos… porque para liderar as massas de mortos os nossos chamados líderes tiveram que usar palavras mortas e pregar de um jeito morto (uma dessas maneiras de morrer é a guerra) a fim de serem ouvidos por mentes mortas. A História, por ser construída à semelhança de uma colmeia, deixou-nos nada além de sangue e tortura e desperdício – mesmo hoje depois de 2.000 anos de cultura semicristã as ruas estão cheias de bêbados e pobres e gente faminta, e assassinos e a polícia e o aleijado solitário, e o recém-nascido que é lançado bem no centro da merda que resta – a Sociedade.
Não sei se o mundo um dia poderá ser salvo; seria preciso uma reviravolta tremenda e quase impossível. Mas se não podemos salvar o mundo, que ao menos possamos saber o que ele é, qual é o nosso lugar.”
Charles Bukowski, in Em defesa de um certo tipo de poesia, de um certo tipo de vida, de um certo tipo de criatura com sangue nas veias que um dia morrerá

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