“Difícil falar de um gosto literário de
hoje. Essa unificação é enganosa, creio. Parece-me, contudo, que tudo quanto
venha produzir estranhamento e balançar sedimentações culturais é válido, em
princípio. Talvez a questão seja justamente essa: ao invés de ‘falar para’ a
literatura de hoje, o texto antigo deve ‘falar a’ literatura de hoje, sê-la ela
própria, de maneira transitivamente direta: uma ruína falando a outra, evitando
a exterioridade de ‘falar para’”.
Mamede Mustafa Jarouche
Nenhum comentário:
Postar um comentário