Talvez esse tenha sido o meu maior esforço de vida: para compreender a minha não inteligência, o meu sentimento, fui obrigada a me tornar inteligente. (Usa-se a inteligência para entender a não inteligência. Só que depois o instrumento – o intelecto – por vício de jogo continua a ser usado – e não podemos colher as coisas de mãos limpas, diretamente na fonte.)
Clarice Lispector, in Todas as crônicas
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