Palavras,
outrora familiares, hoje são antiquadas. Nomes, antes célebres,
agora soam arcaicos: Camilo, Cesão e Voleso… Cipião e Catão…
Augusto… Adriano e Antonino. Tudo logo desvanece, é transformado
em um mero conto e é soterrado pelo esquecimento. Falo isso a
respeito daqueles que brilharam prodigiosamente. Os demais expiraram
em seus últimos respiros, e ninguém mais fala deles.
Enfim,
o que é a lembrança eterna? Nada. Em que, então, devemos nos
empenhar? Apenas nos pensamentos justos, nos atos sociais, nas
palavras verdadeiras e na disposição que aceita alegremente tudo
que acontece como necessário e usual e como algo que flui a partir
de um princípio e uma fonte da mesma qualidade.
Marco Aurélio, in Meditações do Imperador Marco Aurélio: Uma Nova Tradução
Nenhum comentário:
Postar um comentário