Almoço com Ieoana, no “La Rotonde”,
onde há comida basca e orquestra magiar. O vinho é um Sancerre
fruité — saibo de pêssego e cheiro branco de rosas. A
garçonnette é uma “stéphanoise”, porque nasceu em St.
Etienne. Rabisco “Nautikon” na toalha da mesa, e pergunto a
Ieoana se aquela palavra existe.
— Náftikon? É a marinha.
— Sou eu mesmo.
— Um enigma?
— O “Náutikon” resolve tudo...
— O que tudo resolve é o teatro. Amo o
teatro. É um antigo amor que é o de todos os gregos que eu conheço.
Não é o teatro uma verdadeira teofania?
Guimarães Rosa, in Ave, Palavra
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